2. A muscínea de Arapiles

Em 1915, António Luís Machado Guimarães, professor de Zoologia na recém-criada Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e filho do professor catedrático da Universidade de Coimbra, Bernardino Machado, que viria a ser Presidente da República, escreve ao padre da Companhia de Jesus e distinto briólogo Alphonse Luisier, exilado em Espanha, seu mentor na área da briologia. Na sua carta, menciona a flora do Douro Superior que encontrara numa excursão com Gonçalo Sampaio, outro ilustre botânico da Universidade do Porto e amigo comum dos correspondentes. Estas são as possíveis palavras da mensagem trocada entre estes dois notáveis botânicos, pioneiros na descoberta e divulgação da brioflora do nosso país.

Referências Bibliográficas:

Benoliel, J. (1910) Os jesuítas em Portugal. Ilustração Portuguesa nº 246: 582- 588.

Biel, E. (2016) O Douro do Vinho na Obra do Fotógrafo Emílio Biel. In-Libris. 60.x40 cm. V-70-I fls.

Luisier, A. SJ (1913) Le Genre Triquetrela en Europe. Brotéria-Botânica XI: 135-138.

Luisier, A. SJ (1915) “Fragments de Bryologie Ibérique. 6. Sur la distribution géographique de Triquetrela arapilensis Luis”. Brotéria-Botânica, XIII: 150-151.

Machado, A. (1913) Muscíneas do Minho. Contribuição para o seu estudo. Famalicão.

Machado, A. (1915) Uma excursão briológica ao Alto Douro. Ann. Acad. Polyt. Porto 10: 170-175.

Romeiras, F. M. (2015) A constituição e o percurso das colecções científicas dos jesuítas exilados pela 1ª República: o caso de Carlos Zimmermann SJ (1871-1950). Archivum Historicum Societatis Iesu, 84(168).

Música:

Erik Satie, Embryons Desséchés 1 e 3 (1913), Sequência MIDI de Š Dmitri Bachovich, http://www.kunstderfuge.com

X