17. A semiótica do vírus. Da caricatura de Trump à modelo japonesa da Vogue com a máscara transparente.

Os trajes médicos foram substituídos pelas fardas policiais. A morte de George Floyd em Minneapolis está na ótica do mundo. “I can’t breathe” ecoou entre jornais, revistas, televisões e rádios. Ainda na América, na capa do Financial Times, Donald Trump e o “grande” coronavírus estão destinados ao meltdown.

Numa primeira avaliação genérica do comportamento da imprensa durante a pandemia, Carlos Magno observa que os jornalistas tiveram de aprender com esta invasão silenciosa, perigosa, feita por um vírus desconhecido que ainda não conseguimos expulsar: aprender a esperar e aprender a confirmar notícias antes de as divulgar.

A semiótica da pandemia ornamenta-se de luvas, máscaras e mãos. E, por isso, a Vogue japonesa traz uma modelo, a preto e branco com uma máscara transparente, que deixa ver as partes do corpo agora proibidas: o nariz e a boca.

(02/06/2020)

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