“Línguas portuguesa e espanhola podem ser importantes para recuperação económica no pós-Covid, conclui OEI”

O E-fórum da OEI reforçou a importância da língua na economia, relembrando as vantagens competitivas de que o português e o espanhol podem usufruir neste período de crise. Evento contou com a participação dos Institutos Cervantes e Camões.

Os idiomas português e espanhol podem ser veículos da recuperação económica no período pós-pandemia, de acordo com conclusão retirada do e-fórum promovido pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) com o tema “Potencial das línguas na recuperação das economias: espanhol e português”, que teve lugar esta quinta-feira.

O e-fórum realizou-se em dois painéis separados, um em Madrid e outro em Lisboa, e contou com a presença de figuras como Luís Faro Ramos, presidente do Camões, I.P., Luis García Montero, director do Instituto Cervantes, Ana Paula Laborinho, diretora da OEI Portugal ou Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI.

A iniciativa visava sobretudo a valorização de ambas as línguas enquanto vantagem competitiva, dada a sua implementação, com mais de 800 milhões de falantes em todo o mundo, mas também como facilitadora de negócios e, assim, uma contribuição fundamental para as economias nacionais em tempos de incerteza como o que se vive actualmente. Similarmente, o “potencial artístico, cultural e também económico” da região ibero-americana foi destacado logo na intervenção inicial de Mariano Jabonero, que defendeu uma valorização “daquilo que nos une”.

Já Ana Paula Laborinho fez questão de apelar a uma maior importância dada a estas línguas que, argumenta, possuem “uma dimensão já [é] suficientemente significativa para terem um papel cada vez maior neste mundo global”, além de constituírem, como todas as línguas, “traço essencial na própria economia”.

Outra ideia defendida neste e-fórum foi a da língua como veículo de consolidação dos valores democráticos, especialmente num momento em que, devido à pandemia, algumas mudanças terão de ser feitas. Isso mesmo defendeu Luis García Montero, ao apelar ao uso e capitalização da língua como uma forma de “comunicação aberta de identidades no novo mundo digital que se está a abrir perante nós”. Na mesma senda, Luís Faro Ramos relembrou a oportunidade que a pandemia poderá trazer para a transmissão dos valores e das culturas associadas às línguas portuguesa e espanhola, naquilo que são trocas e partilhas políticas, sociais e culturais “às vezes mais lucrativas do que transações meramente comerciais ou investimentos financeiros e, sobretudo, de maior duração no tempo”.” (fonte: Blogue do IILP)

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